quarta-feira, 1 de julho de 2015

O PARQUE MAYER E O TEATRO MARIA VITÓRIA





O designado Parque Mayer está implantado no espaço que fora o dos jardins adjacentes do Palácio Mayer (que recebeu o prémio Valmor de 1902), construído em 1901 por Nicola Bigaglia e pertença de Adolfo de Lima Mayer. Em 1920 este espaço e edifício foi adquirido por Artur Brandão e vendido no ano seguinte a Luís Galhardo (1874-1929), personalidade ligada ao meio teatral, que sonhava criar um espaço totalmente dedicado ao divertimento. Tendo fundado a Sociedade Avenida Parque Lda., Luís Galhardo, figura consagrada do meio teatral, estava interessado em criar um novo local de espectáculos e assim iniciou neste recinto grandes momentos de diversão, espectáculo e representação, que o veio a tornar muito popular. No início dos "loucos anos 20" é inaugurado o Parque Mayer, mais concretamente em 15 de junho de 1922, substituindo e tendo também como função lúdica, a tradicional Feira de Agosto, criada na Rotunda em 1908, uma das últimas feiras típicas da capital, com comércio, petiscos e diversões. Inicialmente apresentou-se em instalações precárias de madeira, simples barracas, mas situando-se numa zona mais central e frequentada. Nos primeiros anos designou-se este recinto por Avenida Parque, mas o antigo nome associado ao palácio adjacente acabaria por impor-se. Com o passar do tempo acabaria por se transformar num moderno e popular recinto de diversões ao ar livre, idêntico ao que se fazia em algumas cidades da Europa como Paris, Madrid, Sevilha, Barcelona, etc. 


                                                               Luís Galhardo 1874-1929 (col. priv.)



                                                         Aspecto do Palácio Mayer em 1902 (arq. AML)
                  


                                                    Alberto Barbosa, José Galhardo e Vasco Santana em meados de 1934 (arq. pess.)



                                                       Anúncio de 1926 ao Avenida Palace Club (col. priv.)



                   
                    
                                                                                     Aspectos da Feira de Agosto na Rotunda em 1910 (arq. AML)



Entrada do então Avenida Parque em meados dos anos 20 (arq. pess.)



                                               Barracas de petiscos e divertimentos no Avenida Parque no espaço do parque Mayer 
                                                                                           no início dos anos 20 (arq. AML)



                                          Pequeno comércio no Avenida Parque em meado dos anos 20 (arq. AML)



                                     Planta toponímica da área envolvente do Avenida Parque no parque Mayer em 1925 (arq. CML)




De entre as diversões que passaram no então Avenida Parque, destacam-se as barracas de tiro, os fantoches, os carrosséis, bailes de fim-de-semana ou do Carnaval, os circos Royal, El Dorado, e Luftman, as famosas barracas do Porto em Lisboa que representava a Ribeira animada em miniatura, o estúdio de fotografia Lusitana, animatógrafo no famoso espaço Alhambra e Pavilhão Português, as barracas dos fenómenos como o da mulher transparente e a mulher sereia, barracas de jogo clandestino para os mais aventureiros, jogo do quino, patinagem, carrinhos de choque, isto já nos anos 40, entre outras atracções lúdicas. 
Este espaço conseguiu não só impor-se como espaço de diversão mas também de convívio, isto devido à profusão de estabelecimentos para todos os géneros e gostos, desde cafés, tasquinhas, restaurantes - bar como o Dominó, retiros, casas de fados, cabarets, bares, etc. Numa época em que a iluminação eléctrica ainda não era uma realidade para muitos, o Avenida Parque no parque Mayer, era um espaço com iluminação eléctrica, cheio de luz e cor, o que o viria a caracterizar. Logo em 1922 o primeiro restaurante a instalar-se neste espaço foi o João Borges, mais tarde o restaurante Colete Encarnado, de curta existência, pois subia um degrau na sofisticação e não era acessível a todos. Uma vida mais longa teria a famosa Mina, do Júlio das Farturas. Um dos célebres retiros do Avenida Parque no parque Mayer foi o Amadora, frequentado por Jorge Amado e Ferreira de Castro entre outros famosos, fez época neste recinto com os célebres petiscos da cozinheira de mão cheia, que ficou conhecida simplesmente por Amadora. Este local tornou-se num espaço de boémia por excelência, sendo frequentado tanto pelo povo folião como pela elite política e intelectual de Lisboa. Mas essencialmente o espaço do Parque Mayer, nome pelo qual se começou a designar a partir de finais dos anos 20 do século XX,  ficou famoso pelos seus teatros onde representou até hoje, o que de melhor se fez e se faz em termos de revista. Assim quinze dias após a abertura ao público, foi inaugurado o primeiro teatro deste recinto, o Teatro Maria Vitória em instalações de madeira provisórias, isto a um sábado, em 1 de julho de 1922, faz hoje precisamente 93 anos.  O investimento inicial para a construção deste teatro, foi conseguido, segundo fonte da época, à custa da venda de farturas, pirolitos e pouco mais. O seu capital social de início foi de 100 contos de réis, coisa então impensável para o teatro ligeiro, o que lhe garantiu, com tal capital social, poder ali manter-se durante várias décadas. O nome dado a este teatro, Maria Vitória, em memória da famosa actriz e fadista Maria Victoria, cuja morte prematura, poucos anos atrás, criara alguma consternação. Este edifício em madeira que viria mais tarde a ser substituído por outro em alvenaria.


                               Interior da barraca de tiro ao alvo no Parque Mayer no início dos anos 30 (arq. AML)



                     
                                                       Teatro de fantoches no Parque Mayer em meados dos anos 20 (arq. AML)



                                                        Anúncio ao Avenida Parque de 21-02-1925
                                                                                                                  (col. priv.)



                                                             Fotografo Lusitana no Parque Mayer em finais dos anos 20 (arq.  AML)



                                                                Anúncio ao Salão Alhambra no Parque Mayer de 21-02-1925 (col. priv.)
                                                                                                               


                              O Alhambra e barraca de tiro ao alvo no Parque Mayer no início dos anos 30 (arq. AML)



                                                  Publicação da revista Domingo Ilustrado de 1925 alusiva ao Alhambra (col. priv.)

 

Anúncio do Pavilhão Portuguez de 30-07-1926 (col. priv.)
                                 


                                                         Esplanada do Pavilhão Portuguez no Parque Mayer nos anos 30 (arq. AML)



                                                     Aspecto de esplanada no Avenida Parque em meados dos anos 20 (arq. AML)




      Barraca de vinhos e divertimentos o Amaral no Parque Mayer meados dos anos 30 (arq. AML)



                                     Aspecto do restaurante Retiro da Amadora no Parque Mayer (arq. pess.)



                                                                    Anúncio do Júlio das Farturas de final dos anos 20 (col. priv.)



                                     Restaurante A Portuguesa no Parque Mayer meados dos anos 30 (arq. AML)




                                        Restaurante o Amaral no Parque Mayer em meados dos anos 30 (arq. AML)



Esplanada junto ao Teatro Maria Vitória nos anos 20 (arq. AML)
             


     
 
                                     Notícia do jornal A Vanguarda, alusiva à inauguração do Teatro Maria Vitória
                                                                                                                      (arq. priv.) 


                            
                                                                          Actriz Maria Victoria, fotografia anónima de 1913
                                                                                                             (arq. CML)


                                               
                                                                          Partitura de músicas interpretadas por Maria Victoria
                                                                                                                  (arq. priv.)




 
Pontualmente, serviram de palco teatral o Pavilhão Variedades, com a revista "Amor Perfeito" em 1924, assim como a esplanada Egípcia com a revista "Off – Side" em 1929, com Hermínia Silva. Segue-se a inauguração do Teatro Variedades, estreado com a revista "Pó de Arroz" em 8 de julho de 1926. Em dezembro de 1990 e depois de importantes obras de recuperação da iniciativa dos empresários Helder Freire Costa e Vasco Morgado Júnior, reabre este teatro com a estreia de um novo espectáculo, "A Grande Festa", uma revista em musical ou uma nova e moderna forma deste género de espectáculo tão popular. Por fim, em 1992, o encenador Filipe La Féria, produz e grava neste teatro, para o RTP 1, o programa semanal "Grande Noite". Actualmente encontra-se desactivado a espera de obras de requalificação ou adaptação. Mais tarde, foi a vez do Capitólio, inaugurado em 31 de julho de 1931, pelo então administrador da Avenida Parque, Dr. Campos Figueira, da autoria do arquitecto Luís Cristino da Silva (1896-1976), o mesmo que desenharia o pórtico da entrada com as suas típicas colunas estilo art déco iluminadas. Este recinto modernista, sucessor da esplanada Egípcia e inicialmente utilizado como salão de música e variedades, exibiu cinema e teatro, à maneira de cine - teatros. Foi pioneiro em muitas inovações para a época no nosso país, dispunha de um passadiço e escada rolante, o primeiro em Portugal, que dava acesso a um terraço onde se exibia cinema ao ar livre no verão e uma pista de patinagem no gelo, sendo ainda este cinema equipado com um dos melhores sistemas de som, da marca alemão, Bauer. Em 1990, acolheu Camilo de Oliveira e o seu espectáculo, "Ai Cavaquinho" após um incêndio no Teatro ABC onde estavam em representação. Actualmente e devido ao plano de requalificação do Parque Mayer esta em avançado estado de recuperação, não mantendo as características originais, no entanto a sua fachada típica irá manter-se e aqui instalar-se-á um novo espaço cultural que incluirá uma escola de teatro, estando proposto o nome do actor Raul Solnado para denominar este renovado edifício. Também no Parque Mayer, foram inventadas as marchas populares, segundo uma ideia de Leitão de Barros, famoso realizador de cinema, em resposta a uma encomenda do director do Parque Mayer, Dr. Campos Figueiredo, para animar o recinto, tendo tido êxito desde 1932 até aos dias de hoje. Em 1937 surgiu o Teatro Recreio, com a revista "Faça Sol", esta casa de espectáculos, criada por Guiseppe Bastos e vizinha do restaurante Gato Preto, foi extinto em 1940, para dar lugar a um ringue de boxe. É inaugurado o famoso Estádio Mayer, onde havia basquetebol, luta livre americana e depois o boxe, ali se revelaram Belarmino Fragoso e Carlos Rocha, entre outros. Em meados dos anos 60 acaba este tipo de espectáculo e este espaço é transformado num triste parque de estacionamento já no final da década de 60. Durante as décadas de 50 e 60 continuou-se a exibir cinema no Parque Mayer, no Capitólio e no Pavilhão Português. Por fim o Teatro ABC foi o último recinto a ser inaugurado no Parque Mayer, quase escondido ao fundo da rua que ladeia o Teatro Maria Vitória, no espaço ocupado por este teatro, precedera-o uma série de restaurantes – bar e casas de espectáculos como o Alhambra, parte do Pavilhão Português, Galo de Ouro, Baía e Casa Blanca. Segundo um ideia do empresário José Miguel, abre as portas em 13 de janeiro de 1956 com a revista "Haja Saúde" de Frederico de Brito e Carlos Lopes, com Curado Ribeiro e Maria Domingas. Por este Teatro passaram após o 25 de abril de 1974, espectáculos de cariz erótico como o famoso "Isto é Crazy Horse" de Sérgio Azevedo. Após um incêndio em 1990, reabre em 1997 com a revista "Preço Único", encerrando logo após as suas portas e por fim é demolido em janeiro de 2015 para dar lugar a mais um parque de estacionamento da EML.

                              
                                             Anúncio no Salão Artístico de Fados no Parque Mayer em meados dos anos 30 (arq. priv.)
                                                  


                                                             Fachada do Teatro Variedades em início dos anos 30 (arq. AML)



                                           Anúncio da revista "O Pó d'Arroz" no Teatro Variedades em 1926
                                                                                                            (col. priv.)



                                                  Aspecto do Teatro Variedades em 2014 (foto Paulo Ribeiro)



 
 Lanterna e pórtico de entrada do Parque Mayer do arquitecto Cristino da Silva
(foto Manuel Botelho)



                                                                 Fachada cine-teatro Capitólio em meados dos anos 40 (arq. AML)



                                                 Aspecto da esplanada do cine-teatro Capitólio em meados dos 40 (arq. AML)

 

  
                                                 Cartaz da revista "Pega-me ao Colo!" de 1938 no Teatro Capitólio (col. pess.)


         Vista geral do Parque Mayer em 1945 (arq. AML)


                   Projecto do novo Capitólio (arq. priv.)
                                                                           



                                            Aspectos do cine-teatro Capitólio no início e final das obras de requalificação (arq. priv.)




                               Páginas do jornal Diário de Lisboa anunciando as marchas de Lisboa (col. pess.)


Marcha de Alfama, organizada pela Acad. Rec. Leais Amigos em 1932
                                                                                                                (arq. DN)
                                      

 Desfile da Marcha Popular do Alto do Pina em 1934 (arq. DN)
                                     


                                                               Recinto de luta livre e boxe no Parque Mayer nos anos 30 (arq. AML)



                                                             Noticia de anúncio de combate de boxe no Estádio Mayer (arq. priv.)



                            Aspecto da pista de automóveis no recinto do Parque Mayer em finais dos anos 50 (arq. AML)



                                                                  Fachada do Teatro ABC em meados dos anos 60 (arq. priv.)


    
                                          Anúncio da revista "Haja Saúde!" em 1956 no Teatro ABC (arq. priv.)



                                  Aspecto do Teatro ABC em 2014 antes da sua demolição (foto Paulo Ribeiro)



 

Acima de tudo pelo Parque Mayer passou e continua a passar o teatro de revista, a grande singularidade deste espaço de Lisboa. Forma-se entretanto nos anos 20, o grupo de autores que irá escrever alguns sucessos da revista à portuguesa, designado de "Gregos e Troianos", composto por Ernesto Rodrigues, Félix Bermudes, João Bastos, Alberto Barbosa, Luís Galhardo e Xavier de Magalhães. Mas e recuando ao ano de 1922, nesse dia 1 de julho há precisamente 93 anos, subia o pano no Teatro Maria Vitória com a revista "Lua Nova", da autoria de Ernesto Rodrigues, Henrique Roldão, Félix Bermudes e João Bastos, com números músicas assinados pelo maestro Raul Portela e direcção musical do maestro Alves Coelho, com Elisa Santos, Amélia Perry, Jorge Roldão e Joaquim de Oliveira. Aqui se representaram e apresentam, alguns dos maiores sucessos da revista em Portugal ao longo de décadas; como a revista "Fado Corrido" logo em 1923, da autoria de Alberto Barbosa, Xavier de Magalhães e Lourenço Rodrigues, músicas de Bernardo Ferreira e Raul Portela, com Carlos Leal, "Rés Vês" em 1924, da autoria de Alberto Barbosa e Xavier de Magalhães, músicas de Hugo Vidal e Raul Portela, com Lina Demoel, Laura Costa, Manuel Santos Carvalho e Soares Correia, "Foot - Ball" em 1925, da autoria de "Gregos e Troianos", músicas de Raul Portela, com Lina Demoel, Hortense Luz, Carlos Leal, Alberto Ghira, Alfredo Ruas e Elisa de Guisette, "A Ramboia" em 1928, da autoria de Luís Galhardo e Xavier de Magalhães, músicas de Hugo Vidal, Raul Ferrão e Frederico de Freitas, com Corina Freire, Hortense Luz, Alberto Ghira e António Silva. Também se representaram operetas no Teatro Maria Vitória, como foi o caso da opereta “Rosa Engeitada”, da Companhia  Maria das Neves, estreada em 29 de junho de 1929. Mas o teatro de revista continuaria a ter sucessos, como "Zás Trás Pás" em 1931, da autoria de Lino Ferreira, Fernando Santos e Vasco de Matos Sequeira, músicas de Vasco de Macedo, Camilo Rebocho e António Lopes, com Maria das Neves, Filomena Casado, Carlos Leal, Costinha e António Silva, "Pim Pam Pum" em 1932, da autoria de Lino Ferreira, Lourenço Rodrigues e Fernando Santos, com António Silva, Josefina Silva, Maria das Neves, Armando Machado e Luísa Satanela, "Cartaz de Lisboa" em 1937, da autoria de Lino Ferreira, Fernando Santos, Lourenço Rodrigues e Xavier de Magalhães, músicas de Raul Portela, Raul Ferrão e Fernando Guimarães com Estêvão Amarante, Mariamélia, Alfredo Ruas, Carlos Leal e Hortense Luz, "O Banzé" em 1939, da autoria de "João Ninguém", músicas de Raul Portela, Raul Ferrão e Fernando de Carvalho, com Vasco Santana, Maria das Neves, Hermínia Silva, Carlos Leal e Costinha, "A Tendinha" em 1941, da autoria de Xavier de Magalhães, Silva Tavares, A. do Vale e A. Nazaré, músicas de Raul Portela, F. de Carvalho e J. Mendes, com Hermínia Silva, Elisa Carreira, Maria Luísa e Carlos Alves, "A Voz do Povo" em 1942, da autoria de Ascensão Barbosa, A. Nazaré, A. Cruz e António Porto, músicas de Raul Portela, Raul Ferrão e Fernando de Carvalho, com Hermínia Silva, Barroso Lopes, Josefina Silva, Augusto Costa e Ribeirinho, "Cantiga da Rua" em 1943, da autoria de António Porto, Aníbal Nazaré e Nelson de Barros, músicas de António Melo e Jaime Mendes, com Mirita Casimiro, Luísa Durão, Barroso Lopes, Natália Viana, Costinha e Vasco Santana, "Tico – Tico" em 1948, da autoria de António Cruz, músicas de Raul Ferrão, Jaime Mendes e João Nobre, com Mirita Casimiro, Leónia Mendes, Aida Baptista, Carlos Leal, Eugénio Salvador e Fernanda Batista, "O Disco Voador" em 1950, da autoria de "3 Marcianos", músicas de M. Dias e J. Mendes, com Eunice Moñoz e Costinha, "Ó Zé Aperta o Laço" em 1955, da autoria de Amadeu do Vale, Aníbal Nazaré e Eugénio Salvador, músicas de Tavares Belo e Ferrer Trindade, com António Silva, Irene Isidro, Alfredo Ruas, Barroso Lopes, Anne Nicoles e Anita Guerreiro, "Tudo na Lua" em 1959, da autoria de Amadeu do Vale, Paulo da Fonseca e Rui Martins, músicas de Tavares Belo e Carlos Dias, com António Silva, Barroso Lopes, Eugénio Salvador, Bibi Ferreira e Nascimento Fernandes, "Todos ao Mesmo" em 1964, da autoria de Aníbal Nazaré, A. Cruz, Eugénio Salvador e Eduardo Damas, músicas de António Melo, Manuel Paião, J. Magalhães e Manuel Viegas, com Camilo de Oliveira, Fernanda Baptista, Argentina Velez, Eugénio Salvador e Artur Garcia, "Pão Pão Queijo Queijo" em 1967, da autoria de Aníbal Nazaré, Eugénio Salvador e José Viana, músicas de João Nobre e Calos Dias, com José Viana, Eugénio Salvador, Max, Mariema, Maria Dulce, Anita Guerreiro e Dora Leal, "Esperteza Saloia" em 1969, da autoria de Aníbal Nazaré, Eugénio Salvador e José Viana, músicas de João Nobre e Carlos Dias, com Eugénio Salvador, José Viana, Mariema, Barroso Lopes, Dora Leal, Helena Tavares, Dina Maria e Victor Mendes, "O Prato do Dia" em 1970, da autoria de Aníbal Nazaré e José Viana, músicas de João Nobre e Carlos Dias, com Dora Leal, José Viana, Aida Baptista, Victor Mendes e Carlos Miguel, "Cá Vamos Pagando e Rindo" em 1972, da autoria de Henrique Santana, Aníbal Nazaré, João Nobre e Henrique Parreirão, músicas de João Nobre e Carlos dias, com Ivone Silva, Eugénio Salvador, Guida Maria, Nicolau Breyner e Victor Mendes, "Força Foça Camarada Zé" em 1975, da autoria de Aníbal Nazaré, Henrique Santana, Eugénio Salvador e N. Vaz, músicas de Tavares Belo, J. de Vasconcelos e Jorge Machado, com Maria Dulce e Cidália Moreira, "O Bombo da Festa" em 1976, da autoria de Henrique Santana, R. Bracinha, Augusto Fraga e Eugénio Salvador, músicas de Jorge Machado, J. de Vasconcelos e Tozé Brito, com Ivone Silva, Henrique Santana, Vanda Maria, Lígia Teles, Gina Marques e Herman José, "Alto e Para o Baile” em 1977, da autoria de Henrique Santana, A. Fraga e Eugénio Salvador, músicas de Jorge Machado e Frederico Valério, com Eugénio Salvador, Cidália Moreira, Delfina Cruz, Joel Branco, Nucha Pires, Elsa Maria e Henrique Santana, entre muitos e muitos êxitos que marcaram este tipo de espectáculo e a musica ligeira portuguesa de metade do séc. XX, até aos dias de hoje. 


      Capa de partitura com canções da primeira revista estreada 
     no Teatro Maria Vitória, "Lua Nova", em 1922 (col. priv.)




 Restaurante junto ao Teatro Maria Vitória no Parque Mayer em meados dos anos 30 (arq. priv.)
 
 
 
 Anúncio à revista "Foot-Ball" no Teatro Maria Vitória (col. priv.)
  
 
         Coristas do elenco da revista "Foot- Ball" (arq. priv.)
 
  
 
                                  
                  
                                                                  Capas de partituras das canções, da revista "Foot-Ball"
                                                                           em 1925 no Teatro Maria Vitória (col. priv.)



 Capa de Partitura da canção Camélias de Sintra da revista "A Rambóia"
em 1928 no Teatro Maria Vitória (col. priv.)
 
                                  

                                                            Cartaz da opereta "Rosa Engeitada" estreada em 29 de Junho de 1929
                                                                                            no Teatro Maria Vitória (col. priv.)



                                       
                                                                         Capa de Partitura de canção Cinzas da revista "Zás! Trás! Pás!"
                                                                                            em 1931 no Teatro Maria Vitória (col. priv.)




     Páginas do Notícias Ilustrado sobre a revista "A Pérola da China", no Teatro Maria Vitória em 1934 (col priv.)
                                                                                                 


                                              Vista aérea do Parque Mayer em meados dos anos 30 (arq. priv.)



                                                              Cartaz da revista "Cartaz de Lisboa" em 1937 no Teatro Maria Vitória
                                                                                                              (col. priv.)
   
                                    

      Quadro da revista "Cartaz de Lisboa", no Teatro Maria Vitória em 1937 (foto da col. de Octávio Sedas)



                                                        Entrada lateral do Teatro Maria Vitória em meados dos anos 40 (arq. AML)




                                  Número da revista "Na Ponta da Unha" em 1939 no Teatro Maria Vitória (arq. priv.)



                                                 Planta da sala do Teatro Maria Vitória em 1940 (col. priv.)



        Aspecto do Parque Mayer, meados dos anos 40 vendo-se em primeiro plano o Teatro Maria Vitória (arq. AML)



                                                                 Cartaz da revista "Voz do Povo" no Teatro Maria Vitória em 1942
                                                                                                                  (col. priv.)



                                         Coristas no Teatro Maria Vitória em meados de 1940 (arq. priv.)


    Teatro Maria Vitória no Parque Mayer em meados de 1943 foto Eduardo Portugal (arq. priv.)



                                                     Aspecto do Teatro Maria Vitória em 1967 (arq. AML)



                                                                Anúncio à revista "Esperteza Saloia"em 1969 no Teatro Maria Vitória
                                                                                                             (col. priv.)


      Quadro de revista no teatro Maria Vitória com o actor Salvador nos anos 60 (arq. priv.)



                                     Cartaz da revista "O Prato do Dia" em 1970 no Teatro Maria Vitória (col. priv.)



                                            Anúncios a revistas do Parque Mayer nos anos 70 (col. priv.)



                                                 Número da revista "O Bombo da Festa" em 1976 no Teatro Maria Vitória (arq. arq.)
                                                                             


   
                     Publicidade nos eléctricos de Lisboa a revista no Teatro Maria Vitória nos anos 80 (arq. priv.)



 
O Parque Mayer teve as suas figuras típicas que também lá fizeram vida, como a conhecida "Aidinha das jóias", que vendia bijutarias de camarim em camarim, ou o "Félix do Benfica", assíduo do retiro da Amadora, o conhecido por muitos como "homem do fato escuro", baptizado por Vera Lagoa, copista oficial de quase todos os teatros de Lisboa, e nomeadamente, António Paiva, fundador do guarda  roupa Paiva, que vestiu gerações de vedetas, desde a fundação do Parque Mayer, tendo sobrevivido até meados de 2007. O Parque Mayer tornou-se no centro da revista à portuguesa, não obstante outros teatros de Lisboa terem exibido este tipo de espectáculo também, ficando conhecido mais tarde, o próprio Teatro Maria Vitória, como a "catedral do teatro de revista". Passaram também por aqui, operetas, comédias e cinema. O Pavilhão Português exibia muitas fitas velhas, a preços baratos, em noites cálidas de Verão. Acolheu ainda em 1967, a Companhia Amélia Rey Colaço Robles Monteiro, no Capitólio, após o incêndio no Teatro Avenida. Criado com a ambição de ser um pólo teatral, impôs-se como centro de teatro de revista, e feira popular moderna, sobreviveu à censura de Salazar e Caetano, à rádio e ao cinema, ao futebol, à revolução dos cravos, à televisão e às telenovelas. É como um "sempre em pé", embora tenha atravessado várias crises. Foi como que uma Broadway à portuguesa e uma aldeia dentro da cidade. A suposta decadência não evitou a gula disfarçada de propostas de remodelação urbanística, em crescendo desde os finais dos anos 60. O Parque Mayer foi responsável por cerca de 304 das 651 revistas produzidas entre 1922 e 2002 ou seja, quase metade do total. Daí o seu contributo para a revista, e para o teatro em geral, seja relevante. A menor quantidade de revistas em palco desde os anos de 1994/95, não significa apenas uma redução da oferta, mas também que, na actualidade, cada espectáculo tem que estar mais tempo em cartaz. Longe vão os tempos em que as peças surgiam em catadupa, como nos anos 40 no Teatro Maria Vitória ou nos anos 60 no Teatro ABC, com cerca de 29 e 25 revista, respectivamente e das matines aos domingos. Mais distantes estamos ainda da época em que uma peça durou apenas uma semana no Teatro Maria Vitória nos anos 30. A partir dos anos 70 cada revista passou a ter uma carreira mínima de 3 meses. 


                                                Aspecto de esplanada no recinto do Parque Mayer em meados dos anos 60 (arq. AML)



                                  Habitante do Parque Mayer junto ao Teatro ABC meados dos anos 60 (arq. AML)



                                                        Aspecto do Parque Mayer em 1961 (arq. AML)



                                         Página da revista Flama de 1950 já anunciando o fim do Parque Mayer
                                                                                                                 (col. priv.)



                                                  Entrada do Parque Mayer junto às bilheteiras no início dos anos 70 (arq. priv.)



                                                                A actriz Ivone Silva na entrada dos artista do Teatro Maria Vitória
                                                                                             no início dos anos 80 (arq. priv.)



    
                                                 Aspecto do Parque Mayer em meados dos anos 80 (arq. priv.)



 
Na actualidade o Teatro Maria Vitória é o único a funcionar no recinto do Parque Mayer, mercê da persistência do seu empresário e produtor, desde 1975, Helder Freire Costa (que comemora em 2015, 51 anos de Teatro), o tem mantido aberto e em funcionamento, por vezes com algumas dificuldades, sempre com espectáculos de grande qualidade, com artistas de grande mérito, autores, compositores, coreógrafos e cenógrafos. Após um incêndio em 10 de maio de 1986 o Teatro Maria Vitória foi reaberto em 2 de fevereiro de 1990 com a nova revista "Vitória! Vitória!" . E quando se estava a passar por uma das mais graves crises do teatro surge em 1994 o  sucesso da revista "De Pernas Pró Ar!", da autoria de Carlos Areia e João Baião, músicas de João Vasconcelos, Fernando Correia Martins e Fernando Ribeiro, numa produção Hélder Freire Costa e Vasco Morgado, com João Baião, Delfina Cruz, Carlos Areia, José Raposo, Paulo Vasco, Olimpia Portela e Anita Guerreiro, em 1997 a revista "Ora Bolas... Pró Parque!", da autoria de Francisco Nicholson, Mário Rainho e Marina Mota, músicas de João Vasconcelos, Nuno Nazareth Fernandes e Fernando Correia Martins, numa produção conjunta de Hélder Freire Costa, Marina Mota e Carlos Cunha, com Marina Mota, Natalina José, Carlos Cunha, Paulo Vasco e Fernando Ferrão.
Desde a sua abertura até hoje, tornou-se um teatro de grandes tradições revisteiras, pelo que é procurado por muitos excursionistas que do Minho ao Algarve encontram aqui a garantia de passarem uns bons momentos com os seus excelentes espectáculos e seus extraordinários artistas. Também a emigração, sempre que vem a Lisboa, imediatamente se desloca ao Teatro Maria Vitória.  E os grandes sucessos continuaram na década de 2000, em 2002 com a revista "Lisboa Regressa ao Parque", autoria Mário Raínho e Nuno Nazareth Fernandes, músicas de Nuno Nazareth Fernandes, João Vasconcelos, Carlos Alberto Moniz e Licínio França, numa produção conjunta de Hélder Freire Costa e Noémia Costa, com Noémia Costa, Diogo Morgado, Carla Andrino, Paulo Vasco, Licínio França, Joana França, Ricardo Castro, Sofia Saragoça, Maya e Alice Pires, em 2008 com a revista "Hip - Hop'arque", autoria de Francisco Nicholson e Tiago Torres da Silva, músicas de Fernando Correia Martins, Braga Santos e José Cabeleira, numa produção conjunta de Hélder Freire Costa e Marina Mota, com Marina Mota, Carlos Cunha, Ana Brito e Cunhe e João Baião, em 2009 com a revista "Agarra que é Honesto!", autoria de  Francisco Nicholson e João Quadros, músicas de José Cabeleira, Braga Santos e Mário Rui, numa produção de Helder Freire Costa, com Vera Mónica, Melânea Gomes, Paulo Vasco, Heitor Lourenço, e Carlos Queiroz,  em 2010 "Vai de em@il a pior!...", autoria de Francisco Nicholson e Mário Raínho, músicas de José Cabeleira e Pedro Lima, numa produção de Helder Freire Costa, com Florbela Queiroz, Vanessa, Joana Baeta, Carlos Queiroz e Paulo Vasco, em 2011 "Ora Vira € Troika o Passos!", autoria de Francisco Nicholson, músicas de José Cabeleira e Pedro Lima, numa produção de Helder Freire Costa, com Florbela Queiroz, Ana Marta, Sofia Arruda, Paulo Vasco e Carlos Queiroz, e em 2012 "Humor Com Humor Se Paga!", da autoria de Mário Raínho, Carlos Mendonça e Flávio Gil, músicas de José Cabeleira, Carlos Dionísio e Pedro Lima, com Paulo Vasco, Melânea Gomes, Elia Gonzalez, Ana Marta e Henrique Carvalho, marcou a estreia nesta forma teatral de um jovem elenco, na maioria vinda das produções das TV's, numa verdadeira aposta no futuro e onde também se comemoraram os 90 anos do Teatro Maria Vitória. É tradicionalmente conhecido como a “Catedral da Revista”. Também pelo palco do Teatro Maria Vitória passou muito esporadicamente teatro, e com mais ou menos sucesso, também por lá fez história, assim em 2012 a peça musical infantil "A Estrela", com João Frizza, Marco Mercier e FF,  em 2013 a peça "Cumplicidades", com Paula Martin e Manuela Bravo. É também em 2013 o grande êxito que foi a revista "Lisboa Amor Perfeito",  autoria de Mário Rainho e Flávio Gil, músicas de Eugénio Pepe, Carlos Dionísio e Pedro Lima, numa produção de Helder Freire Costa, contando com o regresso do actor Carlos Cunha à revista no Parque Mayer, a estreia como actriz da fadista Filipa Cardoso, depois substituída pela actriz consagrada Vera Mónica, no ano de  2014 o mais recente êxito a revista “Tudo Isto é Fardo”,  autoria de Mário Rainho e Flávio Gil, contando com a colaboração de Nuno Nazareth Fernandes, músicas de Eugénio Pepe, Carlos Dionísio e Nuno Nazareth Fernandes, numa produção de Helder Freire Costa, com Vera Mónica, Paulo Vasco e a fadista Vanessa Alves. Está para breve mais um novo êxito de Helder Freire Costa Produções intitulado “Revista Quer... È Parque Mayer!”, será sem dúvida mais um enorme sucesso no Teatro Maria Vitória. Embora o Parque Mayer, em adiantado estado de degradação, apenas com o Teatro Maria Vitória a funcionar e três restaurantes, o Manecas, a Gina e o Gato Preto, prepara-se para uma nova revitalização, graças à recente aprovação do seu novo "Plano de Pormenor". As obras do novo Capitólio, totalmente renovado, estão a avançar, mantendo apenas alguns traços da arquitectura original, resta saber qual o futuro do Teatro Variedades. Esta pois de parabéns hoje o Teatro Maria Vitória, todos os actores, autores, músicos, técnicos e pessoal da produção, empresários e directores que por lá têm passado, assim como todos os que actualmente lá estão, que fizeram e continuam a fazer história naquele espaço com grandes êxitos da música e do teatro em Portugal. 
Viva o teatro e vamos à revista...


                                                      Teatro Maria Vitória na actualidade (arq. priv.)


                                             Palco e plateia do Teatro Maria Vitória na actualidade (arq. priv.)



Actores da revista comemorando com Helder Freire Costa e Anita Guerreiro anos 70 (arq. priv.)
     


                              Helder Freire Costa em meados dos anos 70 no Parque Mayer (arq. Hélder Freire Costa)


 
 
                                                              Empresário e produtor do Teatro Maria Vitória Hélder Freire Costa
                                                                                                         (foto Paulo Ribeiro)



         
                                         Cartaz da revista "De Pernas Pró Ar!"em 1994 no Teatro Maria Vitória
                                                                                             (col. priv.)
 
                     
                   
                                                 Cartaz da revista "Ora Bolas Pró Parque!" em 1997 no Teatro Maria Vitória
                                                                                                                          (col. priv.)


         
                                   Cartaz da revista "Tem a Palavra a Revista!"em 2000 no Teatro Maria Vitória
                                                                                                (col. priv.)



                    
             
                                                          Cartaz da revista"Lisboa Regressa ao Parque"em 2002 no Teatro Maria Vitória
                                                                                                                     (col. priv.)




                   
                          
                                                         Cartaz e bilhete da revista "Hip-Hop'arque!" em 2008 no Teatro Maria Vitória
                                                                                                                      (col. pess.)
                                    




    
     Cartaz e quadros da revista "Agarra que é Honesto!" em 2009 no Teatro Maria Vitória (arq. priv.)


 
    



      Cartaz e quadros da revista "Vai de Email a Pior!.." em 2010 no Teatro Maria Vitória (arq. priv.)






     Cartaz e quadros da revista "Ora Vira € Troika o Passos!" em 2011 no Teatro Maria Vitória (arq. priv.)





 
 
 

Cartaz e quadros da revista "Humor com humor se Paga" em 2012 no Teatro Maria Vitória (arq. priv.)



     Bilheteiras do Parque Mayer encerradas durante a fase de preparação de nova revista (arq. priv.)




     Cartaz e representação em palco da peça infantil "A Estrela" no Teatro Maria Vitória em 2012 (arq. priv.)






     Cartaz e representação em palco da peça "Cumplicidades" no Teatro Maria Vitória em 2013 (arq. priv.)




                                                          Hélder Freire Costa junto ao Teatro Maria Vitória (foto Paulo Ribeiro)
 
 






    Cartaz e quadros da revista "Lisboa Amor Perfeito" em 2013 no Teatro Maria Vitória (arq. priv.)







                                      Cartaz e quadros da revista "Tudo Isto é Fardo..." em 2014 no Teatro Maria Vitória
                                                                                                   (foto Paulo Ribeiro e arq. priv.)



                                             Planta da sala do Teatro Maria Vitória na actualidade (arq. priv.)






                             Aspectos do Parque Mayer em 2014, assim como na actualidade (fotos Paulo Ribeiro)




                                             Maqueta de projecto para o novo Capitólio no Parque Mayer (arq. priv.)
 
 

Pórtico de entrada do Parque Mayer na actualidade (foto Paulo Ribeiro)




     Cartaz da próxima revista a estrear no Teatro Maria Vitória "Revista Quer... É Parque Mayer!"











Texto:
Paulo Nogueira




Fontes e bibliografia:
REBELLO, Luiz Francisco, História do Teatro de Revista em Portugal, Lisboa, 1984
VIEIRA,  Joaquim, Portugal século XX, Crónica em imagens 1920-1930, Círculo de Leitores, Lisboa, 1999
DIAS, Marina Tavares, Lisboa Desaparecida, vol. 9, Quimera Editores Lda., Lisboa, 2007
Almanak Silva
Publicação on line Teatro Maria Vitória

 

 
 

8 comentários:

  1. Excelente percurso pela história do Parque Mayer.
    Vem a propósito de um ciclo temático de 4 sessões (30 Abril, 5,7 e 12 de Maio no Museu do Aljube) sobre Teatro popular e de revista em Lisboa,organizado pela Olisipo Forum em que incluiremos uma sessão sobre a história e cultura do Parque Mayer. Ficariamos muito gratos se nos indicasse nomes de conhecedores do tema que possamos convidar.
    No site http://olisipo.forum.com pode inteirar-se das atividades da Olisipo Forum e, em particular, a programação dos ciclos temáticos https://olisipo-forum.pt/wp-content/uploads/2019/10/Programa-UniOlisipo-2.pdf. Carlos Cardoso 919387507 cmncardoso@hotmail.com

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  2. Espantosa colecção de imagens e excelente post. Parabéns e muito obrigado pela partilha.

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    1. Muito obrigado pelo seu comentário, é sempre um gosto partilhar o conhecimento e trabalhos de investigação em prol da cultura de um povo e de uma instituição como é o caso do teatro de revista à portuguesa, o teatro Maria Vitória e o Parque Mayer. Um género de teatro muito nosso, com tradições e locais míticos a ele ligados, que não podem desaparecer e merecem o mesmo valor e apoios que a cultura de um modo geral.

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  3. E com grandes saudades que vejo estas imagens ao fim de vários anos,trabalhei no Maria Vitória nos anos 60 na revista pão pao queijo queijo, no teatro fiz de tudo contra regra,iluminador de palco e sala, carpintaria etc. e até fiz muitas figurações,ainda hoje recordo com alguma tristeza terem acabado com os teatros no parque Mayer,ainda me recordo quando havia estreias as filas de pessoas para entrarem chegavam a rua eu para passar tinha que levar cartao de trabalhador na mão e disser trabalho no Maria vitoria saudades que ficam até hoje sou o Amadeu o meu chefe era o Carlos Lopes contra-regra além disso trabalhei no ABC, variadades, e maria matos no plátano, um grande abraço para todos os que tralharam no teatro e afins,

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    1. Did you work during "Grande Poeta e o Ze" from September to December 1968? I am hoping to find anyone who worked with Brigitte Saint John on that show. Please contact me at BrigitteBond1964@gmail.com.

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  4. alguém sabe sobre o teatro Jovénia (1924) de Araújo Pereira, aqui no pareque?

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    1. Uma questão curiosa e interessante sobre um teatro de que pouco se fala e existem referências. No entanto as únicas referências até agora encontradas são de que em 1924, Araújo Pereira (1872-1938) e César Porto (1873-1944) lançam um chamado Teatro Juvénia, reunindo amadores e profissionais da época, numa tentativa de arejar e mudar um pouco a cena portuguesa. Segundo registos os espectáculos seriam apresentados numa associação recreativa da época, simbolicamente denominada Academia de Instrução Popular. Durou pouco tempo, mas existia nela uma ligação entre a arte do espectáculo e as artes plásticas. Se existir mais material sobre este tema seria interessante partilhar.

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